Quando o desejo do EU não inclui a vida – Considerações psicanalíticas sobre a melancolia e o suicídio.
Para Sigmund Freud (Teoria das pulsões), o homem é orientado a priori por duas pulsões: a de vida (Eros) e a de morte (Tânato). Essas pulsões precisam estar em equilíbrio para assegurarmos o bom funcionamento mental, estabelecendo sinergia entre o psíquico, o anímico e o corpo. Para o percursor da psicanálise, somos seres holísticos e o desequilíbrio entre essas pulsões pode acarretar uma série de sintomas físicos e disfuncionalidades mentais, originando as neuroses, patologias psicossomáticas e transtornos mentais - dentre eles a depressão. A pulsão de vida nos leva ao movimento, remete ao prazer e energia libidinal; enquanto a pulsão de morte: à inércia, desconexão, desligamento - não necessariamente ao ato de morrer em si - , uma vez que essa experiência ( morte) não é percebida mais de uma vez pelo nosso aparelho psíquico , para que se torne traço mnêmico em nosso inconsciente. A história de evolução humana aponta nossa espécie como de natureza dominante, onde o...